quarta-feira, 6 de agosto de 2014
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terça-feira, 5 de agosto de 2014
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segunda-feira, 7 de abril de 2014
Quadrilha
Atividade
com texto
O poema “QUADRILHA” do Carlos Drummond de Andrade fala de
histórias de amores...
Leia e faça a continuação da história:
João amava Teresa que amava
Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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quarta-feira, 26 de março de 2014
Menino que carregava água na peneira
O Menino que
Carregava Água na Peneira
Manuel de Barros
Tenho um livro sobre águas e
meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na
peneira
era o mesmo que roubar um vento e
sair correndo com ele para
mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo
que catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no
bolso.
O menino era ligado em
despropósitos.
Quis montar os alicerces
de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio, do que do
cheio.
Falava que vazios são maiores e
até infinitos.
Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito,
porque gostava de carregar água
na peneira.
Com o tempo descobriu que
escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu
que era capaz de ser noviça,
monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as
palavras.
Viu que podia fazer peraltagens
com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de modificar a tarde
botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor.
A mãe reparava o menino com
ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai
ser poeta!
Você vai carregar água na peneira
a vida toda.
Você vai encher os vazios
com as suas peraltagens,
e algumas pessoas vão te amar por
seus despropósitos!
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